Às margens do rio Tâmisa, Londres é uma das cidades mais visitadas e importantes do mundo.

Centro financeiro do país, polo cultural, gastronômico, criativo… A capital da Inglaterra é uma cidade com uma história grandiosa e magnífica, onde todos devem visitar pelo menos uma vez na vida.

Aqui vamos contar um pouco da história desta incrível cidade.

O COMEÇO DE TUDO

Fundada pelos romanos, por volta do ano 43 d.C., que chegaram a conclusão que a região, às margens do rio Tâmisa, seria um ótimo lugar para se construir um porto. A água era profunda o suficiente para comportar os navios que vinham do oceano; e era afastada o bastante para evitar os ataques germânicos.

O pequeno povoado foi batizado de Londinium, que significa lugar ousado em celta, e uma muralha ao redor foi levantada para proteger a pequena cidade de futuras invasões. Londinium chegou a contar com mais de 50.000 habitantes, a maioria devida à influência do grande porto.

Alguns resquícios desta época ainda podem ser vistos em um passeio pela The City ou como também é chamada, The Square Mile. Hoje, a região é o centro financeiro do Reino Unido.

Os romanos governaram a região até a queda de seu império, no século 5. E no período seguinte, a cidade sofreu diversos ataques vikings até ser abandonada.

GUILHERME, O CONQUISTADOR & A INVASÃO NORMANDA

Em 1067, Londres recuperou seu prestígio após a invasão normanda e tendo Guilherme, o Conquistador (William, The Conqueror – em inglês) coroado como o primeiro rei da Inglaterra.

Foi durante seu reinado que Torre de Londres foi construída e a London Bridge – ponte de madeira que atravessa o rio Tâmisa e que sofreu vários incêndios e foi reconstruída diversas vezes – foi trocada por uma ponte de pedra; direitos, leis e privilégios foram estabelecidos pelo novo rei.

Guilherme, o Conquistador foi o primeiro rei a ser coroado na Abadia de Westminster, tradição que se mantém na monarquia até os dias de hoje.

CARTA MAGNA

João da Inglaterra se tornou rei em 1199. Apenas 16 anos após sua coroação, em 1215, ele enfrentou uma grande rebelião. Tentando trazer a população para seu lado, ele garantiu aos moradores de Londres o direito de eleger o prefeito da cidade anualmente.

O prefeito eleito precisa ser apresentado ao monarca para aprovação e fazer um juramento de lealdade. Este mesmo ritual acontece até os dias de hoje.

Porém, logo após ter concedido este direito à população, os inimigos do rei o fizeram assinar um outro documento, a Carta Magna, um dos principais documentos legais na história do Reino Unido.

Um dos principais objetivos da Carta Magna é limitar o poder da monarquia.

Hoje restaram 4 cópias originais do documento. A Catedral de Salisbury, abriga a melhor cópia do documento e possui um programa de exibição. O passeio à esta grande catedral gótica Grade I também é uma dica de bate e volta saindo de Londres.

TUDOR & STUART

No século 14, Londres já era um importante hub de destruição de mercadoria para o restante da Europa; e entre o século 16 até meados do século 17, a cidade se beneficia da política centralizada e a expansão marítima promovida pelos Tudors e continuada pelos Stuarts.

Durante o reinado de Henrique VIII, Londres já contava com 100.000 habitantes e na metade do século 17 este número já tinha subido para 500.000.

PRAGAS, INCÊNDIO & RECONSTRUÇÃO

Em 1665, a cidade ainda se localizada dentro dos perímetros da antiga muralha romana, porém, um plano de urbanização em grande escala já havia começado.

As precárias condições de moradia da época foram responsáveis pela Grande Praga que assolou a cidade e matou mais de 100.000 pessoas.

No ano seguinte, em 1666, um grande incêndio destruiu a maior parte de Londres.

A reconstrução, baseada na região que hoje conhecemos por The City, levou mais de 10 para ser concluída e conta com verdadeiras obras de arte que podem ser visitadas, como a St Paul’s Cathedral, do arquiteto Christopher Wren.

O apelo por esta nova Londres aumentou e rapidamente a cidade se tornou o centro da vida social da Inglaterra com palácios, teatros, sociedades e museus, como o British Museum, primeiro museu da capital inglesa, fundado em 1753.

ERA VITORIANA

Durante o reinado da rainha Victoria, Londres já tinha se estabelecido como uma cidade importante e o império britânico, como um dos mais poderosos.

Com a revolução industrial, a população londrina cresceu de 700.000 habitantes, em 1750, para mais de 4,5 milhões de pessoas em 1901.

A cidade que ainda se encontrava, em sua maior parte, no raio dentro da antiga cidade romana e ia até Westminster e Mayfair, viu a necessidade de estabelecer regiões administrativas para melhor gerenciamento urbano. Em 1888, Londres foi divida em 29 unidades eleitorais: The City + 28  bairros metropolitanos.

[Uma nova divisão urbana só foi criada em 1963, compreendendo a cidade velha + 32 bairros metropolitanos. Esta divisão ainda é utilizada atualmente.]

Foi também durante esta época que em 1859, o Big Ben começava a dar suas primeiras badalas às margens do rio Tâmisa; e em 1863, o metrô de Londres, primeiro do mundo, começou a operar. Mas como nem tudo são flores, na sombra das grandes conquistas da metrópole, Jack the Ripper, cometia os históricos assassinatos que nunca foram desvendados.

LONDRES NOS DIAS DE HOJE

Hoje, em pleno século 21, Londres continua ocupando um lugar especial na mente das pessoas.

Esta cidade cosmopolita, com mais de 9 milhões de moradores e mais outros milhares de turistas que recebe anualmente, é um dos principais destinos do mundo e continua agradando quem busca por novidade, criatividade, cultura, gastronomia… Aqui tem de tudo e para todos.

Claro, alguns obstáculos estão sempre pelo caminho: Brexit, ataques, golpes… Mas a gente sabe que Londres consegue ultrapassá-los. É isso que torna esta cidade única.

Por enquanto, a gente fica aqui, aproveitando e continuando a história desta jovem senhora que completará 2.000 anos, em pouco mais de 20 anos, em 2043, mais em forma do que nunca.