Existem dois tipos de viajantes, os que viajam como turista e os que viajam como local.
Não existe bom ou ruim. Existe o que é bom para você, o que atende suas expectativas como viajante e o que é ideal para seu perfil.
Às vezes, é o tipo de viagem que vai definir o tipo de turista que você será.
Afinal, não tem como ser um viajante local na Disney, né? Então abraça seu lado turista, coloca a orelha do Mickey e seja feliz. Tudo bem.
Dependendo do tipo de viajante, você acaba tendo experiências diferentes em um mesmo local.
Ultimamente, tenho ouvido cada vez mais coisas do tipo “não quero fazer nada turístico, quero fazer uma viagem de local.”
Mas o que de fato isso significa? Será que é para todos? Será que só viajar como local é bacana? Viajar como turista é ultrapassado?
Afinal qual a diferença entre esses dois tipos de viajantes?
Antes de olharmos alguns pontos que diferenciam os dois, vamos repetir NÃO EXISTE CERTO OU ERRADO, EXISTE O QUE É BOM PARA VOCÊ.
Entendeu? Então, vamos lá.
São vários pontos que diferem um do outro, mas aqui vão as principais características de cada tipo.
VIAJANTE TURISTA
- Considera a viagem férias
- O objetivo é conhecer as grandes atrações do local
- Normalmente, escolhe cidades e roteiros já conhecidos
- Ficam em sua zona de conforto
VIAJANTE LOCAL
- Considera a viagem uma jornada
- O objetivo é aprender e ter experiências novas
- Explora locais fora do circuito popular
- Fazem uma imersão na cultura
Mas e na prática, durante a viagem, como cada tipo de viajante se comporta?
O VIAJANTE TURISTA SE DESTACA, O LOCAL SE MISTURA
Sabe aquele estereotipo de turista, com camisa estampada, máquina no pescoço e mapa? Então, você consegue ver um turista de longe, em qualquer lugar do mundo.
Aliás, este é um dos poucos pontos que o viajante turista pode chamar atenção por um lado negativo. Pois muitas vezes acham que podem fazer o que quiser, só porque estão pagando para visitar o local e se esquecem que tem gente que mora ali, com vida normal.
Em Londres, por exemplo, é comum ver os turistas atravessando a famosa faixa de pedestres dos Beatles, em Abbey Road, parando o trânsito por bastante tempo, para conseguirem tirar uma foto.
Poxa, isso não é legal. Tire a foto, mas preste atenção ao trânsito, da mesma forma que os motoristas estão te esperando, você também pode esperar um pouco para tirar sua foto, né?
Mas voltando. O viajante local é mais discreto e se mistura com a comunidade local.
Inclusive, eles se preocupam em saber quais são as regras sociais e se esforçam para segui-las.
O TURISTA COME COMFORT FOOD, O LOCAL EXPERIMENTA PRATOS REGIONAIS
Viajar é uma delícia, mas como nos tira de nossa rotina, pode trazer inseguranças, medos e até mesmo saudade de casa. E comida é um ótimo remédio para estas situações.
Neste caso, o turista acaba comendo o que já conhece, não se arrisca. Pode sempre pedir hamburger ou pizza, ou até mesmo cair nas famosas redes de fast food que estão por todas as partes.
O viajante local entende que a comida é um dos maiores links com qualquer cultura e, portanto, um ponto crucial da viagem.
Ele sai da zona de conforto e se compromete a experimentar os pratos locais.
Dica extra – uma das grandes vantagens de Londres, é que aqui tem opção para todos. Independente do tipo de viajante, vale dar uma olhada nos 20 clássicos da culinária inglesa e nos dias de correria, conhecer alguns fast food locais.
O TURISTA VISITA OS PONTOS TURÍSTICOS, O LOCAL CONVERSA COM OS MORADORES
Mais uma vez, o viajante turista fica em sua zona de conforto e só visitam os pontos turísticos conhecidos.
Eles não se interessam em visitar lugares novos e não tão populares assim.
Os locais, conversam com os moradores e tentam descobrir as atrações secretas da cidade. Eles também vão aos pontos turísticos, mas procuram ir além do que está nos guias de viagem.
O TURISTA TEM DIFICULDADE DE SE COMUNICAR, O LOCAL APRENDE ALGO NO IDIOMA LOCAL
Os turistas, quando muito, falam inglês. Mas se viajam para algum país onde o inglês não seja o idioma oficial, possuem dificuldade para se comunicar.
Os locais se esforçam para aprender pelo menos o básico na língua local: bom dia, boa tarde, obrigada, por favor, tchau…
Ninguém vai ficar fluente, mas pelo menos o básico, é o mínimo de gentileza que você pode fazer pelas pessoas do local que visita.
O TURISTA COMPRA SOUVENIRS TÍPICOS, O LOCAL COMPRA LEMBRANÇAS INESQUECÍVEIS
O viajante turista adora uma loja de souvenir cheia de chaveirinhos, balinhas, chocolates… De preferência com a bandeira do local que está visitando.
Acontece que este tipo de compra, normalemente barata e de péssica qualidade, vira apenas isso, um souvenir de viagem, jogado no fundo de uma gaveta. Nada mais.
O viajante local compra uma lembrança do local que, na maioria das vezes, não tem a bandeira estampada, mas é feito ali, com técnicas locais, produtos da região…
Estas lembranças acabam sendo usadas em seu dia a dia. Pode ser um sapato, uma bolsa, uma xícara…
Estes souvenirs acabam tendo a cara do local de uma maneira muito mais interessante.
Para vocês terem uma ideia, aqui vão algumas lojas de souvenirs em Londres, que são super originais.
O TURISTA CORRE, O LOCAL RELAXA
O turista tenta conhecer o maior número de atrações possíveis. Parece que vai ticando as caixas do que foi feito.
Vai, tira a foto e pronto. Próximo!
Para o local, não importa quantos lugares ele visitou, mas as experiências que teve. Pode até passar a tarde inteira sentado em um café, batendo papo com alguém.
O TURISTA TEM UM ROTEIRO PRÉ-ESTABELECIDO, O LOCAL NÃO
O turista sabe o que vai fazer nos mínimos detalhes todos os dias, não existe margem para mudanças.
O local, até faz um roteiro para ter como base, mas ele se permite se perder pelo destino.
E aí, que tipo de viajante você é?
